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Tragédia no Canal da Mancha

No dia 24 de novembro, pelo menos 27 pessoas, entre elas 3 crianças, morreram a tentar atravessar o Canal da Mancha de barco. Esta é considerada a maior tragédia no Canal, envolvendo migrantes, desde que há registo. O número de migrantes a tentar cruzar o Canal tem vindo a aumentar no último ano, devido, em parte, a várias perturbações nas vias utilizadas por migrantes e refugiados para entrar no Reino Unido (RU). Com a pandemia o programa de reinstalação foi suspenso, deixando muitas pessoas em situações de extrema insegurança. O desespero de muitas impele-as a subir para barcos de borracha, esperando chegar ao RU, apesar dos perigos. Tanto o RU, como a França trocaram acusações, responsabilizando-se um ao outro pela tragédia. Independentemente, ambos os países têm a responsabilidade legal e moral de proteger as vidas que estão e que entram no seu território, tendo falhado. As mortes no Canal, assim como todas as vidas perdidas de pessoas desesperadamente a tentarem ter uma vida digna e em segurança, são encaradas como danos colaterais da (repressiva) política migratória europeia. São imperativas soluções que coloquem o ser humano no centro das políticas migratórias.



Protesto contra as políticas face ao asilo, refugiados e migrantes à porta de Downing Street. The Socialist Worker.

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