Depois da positiva experiência dos programas de patrocínio dedicados a acolher pessoas a fugir do Afeganistão e da Ucrânia, surge agora um programa que permite que qualquer cidadão americano acolha refugiados, ajudando a integrarem-se na sociedade norte-americana. O programa chama-se Welcome Corps e pretende aumentar a capacidade de acolhimento dentro da reinstalação e acelerar as chegadas de pessoas que precisam de proteção internacional num país seguro.
As políticas nefastas do anterior gabinete de Donald Trump, que reduziu a quota anual de reinstalados de 70.000 para 15.000, aliadas às crises causadas pela pandemia COVID-19, a tomada de Cabul e a invasão russa à Ucrânia, levaram a uma exponencial redução no número de pessoas acolhidas. Em 2021, apenas 25.000 pessoas chegaram aos E.U.A., constituindo cerca de 20% das 125.000 vagas disponibilizadas pelo presidente Biden.
O programa Welcome Corps segue o modelo canadiano, permitindo que grupos de, pelo menos, cinco pessoas apoiem logística e financeiramente refugiados a adaptarem-se à vida nos E.U.A. e a reconstruirem as suas vidas. Os grupos patrocinadores têm de apoiar os recém-chegados na procura de casa e de emprego e ajudar a navegar na
comunidade e a aprender a língua. Espera-se que 5.000 refugiados sejam acolhidos no primeiro ano do programa, podendo assim ajudar mais pessoas necessitadas e impulsionar o apoio público para o acolhimento e integração de refugiados.
As experiências dos programas-teste para afegãos e ucranianos foram muito bem-sucedidas, com centenas de pessoas, de mais de 33 Estados, a apoiarem diretamente a integração de refugiados. Mary Brooks é uma destas pessoas que se juntou ao movimento para ajudar pessoas a fugir do Afeganistão. Em dezembro de 2021, ela e o marido acolheram uma família com quatro filhos (que entretanto cresceu para cinco), tendo sido "uma experiência transformativa" em que "receberam muito mais do que o que deram".
Este é mais um exemplo de como os programas de patrocínio de refugiados são uma solução duradoura para a crise humanitária de pessoas forçadas a fugir, criando ligações poderosas que empoderam os refugiados, assim como a comunidade que se torna mais unida e acolhedora.
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