Refugiados e migrantes que fazem a rota pelo Norte de África e tentam cruzar o Mediterrâneo, para conseguirem salvar as suas vidas e as dos seus, vivenciam verdadeiros horrores, como violência, abusos, raptos, extorsão, tortura e morte.
Os números das chegadas registadas têm vindo a descer, devido aos acordos e investimentos para "desviar" embarcações da Europa, externalizando a sua fronteira e militarizando o mar.
No entanto, o número de mortes permanece alto, tendo-se registado mais de 3.200 mortes ou desaparecimentos no Mediterrâneo. Muitos outros morreram, sofreram abusos ou foram torturados na perigosa travessia controlada por traficantes e criminosos. Muitos são intercetados e, como que, "devolvidos" à Líbia, onde têm de permanecer em detenção por tempo indeterminado, em condições desumanas e sofrendo graves violações aos direitos humanos e risco de vida.
A responsabilidade internacional de salvar as pessoas no mar é impossibilitada por novas leis que perseguem quem tentar salvar vidas, ao mesmo tempo que continuam a não existir rotas seguras e legais para quem mais precisa conseguir sobreviver em segurança na Europa.
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