16 FACTOS ALARMANTES
SOBRE REFUGIADOS E A PROTEÇÃO INTERNACIONAL
1. O número de refugiados tem vindo a aumentar exponencialmente, quebrando continuamente recordes históricos
Em 2015 o número de pessoas deslocadas por causa da guerra ou conflitos atingiu o seu recorde histórico depois da Segunda Guerra Mundial, estabelecendo-se em 15.5 milhões de pessoas. Tal número tem vindo a aumentar exponencialmente, sendo em 2022 de 35.3 milhões.


2. Se todas as pessoas forçadas a deslocar-se formassem um país, seria a 15ª nação mais populosa do mundo
Em 2022, atingiu-se um novo recorde de mais de 108 milhões de pessoas forçadas a fugirem das suas casas devido a guerras, conflitos, perseguições ou condições adversas. Este número corresponde hipoteticamente à população da 15ª nação mais populosa do mundo. Para referência, Portugal encontra-se em 93º lugar neste momento.
3. Mais de 73% dos refugiados vêm apenas de 5 países
Mais de metade de todos os refugiados no mundo são originários de 5 países. A Síria continua a ter uma das populações mais fustigadas pela guerra, gerando mais de 6.5 milhões de refugiados, sendo seguida da Ucrânia com mais de 5.7 milhões. Segue-se o Afeganistão com 5.7 milhões de pessoas com proteção internacional, a Venezuela com 5.4 milhões de refugiados e o Sudão do Sul com 2.3 milhões.


4. A Turquia é o país que acolhe mais refugiados
Em 2022, a Turquia acolhia 3.6 milhões de refugiados, sendo o país que acolhe mais refugiados. Segue-se o Irão com 3.4 milhões, a Colômbia com 2.5 milhões, a Alemanha com 2.1 milhões e o Paquistão com 1.7 milhões.
5. 76% dos refugiados são acolhidos em países de renda média ou baixa, considerados em desenvolvimento
A grande maioria dos refugiados no mundo são acolhidos por países considerados em desenvolvimento, situados no Sul global. Apenas 24% dos refugiados estão em países com uma renda-alta.


6. O Líbano e Aruba têm as maiores concentrações de refugiados per capita
Em Aruba, 1 pessoa em 6 é refugiada e na Aruba é 1 em 7. Esta grande concentração de pessoas causa grandes dificuldades para estes países pois não têm estruturas, serviços e recursos adequados. Por contraste, em Portugal os refugiados perfazem cerca de 0,02% da população nacional.
7. A taxa de admissão de pedidos de proteção internacional na UE é de 39%
Em 2022, os países da UE receberam 996 mil pedidos de asilo, tendo sido admitidos 39%, 149 mil com estatuto de refugiado e 103 mil com proteção subsidiária. Continuam pendentes, 889 mil pedidos.

8. No mundo, 1 em cada 200 pessoas é refugiada
O elevado número de refugiados no mundo pode ser facilmente percecionado sabendo que 1 em cada 200 pessoas, em todo o mundo, foi obrigada a fugir de sua casa devido a guerras, conflitos, perseguições ou catástrofes.
9. Quase metade de todos os refugiados são crianças
Em todo o mundo, 14 milhões dos refugiados são menores, perfazendo 41% do total de refugiados. Destes 14 milhões, metade não consegue estar na escola, especialmente no secundário.


10. Atualmente há mais de 30 zonas de crise ou de conflitos ativos no mundo
Grande parte das emergências humanitárias são de longa duração, obrigando milhões de pessoas a fugirem face a escaladas de violência. Há 32 zonas de crise identificadas pelo ACNUR, sendo a Ucrânia, o Afeganistão e o Sahel as zonas mais preocupantes.
11. Os refugiados esperam em média 20 anos para poderem ser reinstalados em países terceiros
20 anos de espera é a média para cada refugiado que queira ter uma vida em segurança e necessite de ser reinstalado para um país terceiro, por ter a sua vida em risco ou por falta de condições no país de acolhimento.
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
12. Mais de 1.9 milhões de crianças nasceram em situação de deslocamento forçado
Entre 2018 e 2022, mais de 1.9 milhões de crianças nasceram em situação de deslocamento forçado. Muitas delas permanecerão em risco de exílio por muitos anos e algumas ao longo de toda a sua vida.
13. Menos de 1% dos refugiados conseguem ser reinstalados para um país seguro, por ano
Anualmente, apenas 0,3% dos refugiados consegue ser reinstalado para um país terceiro, para poder estar em segurança e em bem-estar, ou nos casos mais vulneráveis para conseguir sobreviver. Em 2022 apenas 114.300 refugiados tiveram a oportunidade de serem reinstalados para um país seguro. Em 2022 mais de 1 milhão de pessoas estão em necessidade urgente de reisntalação.


14. Mais de 57 mil pessoas morreram em travessias em busca de segurança
A dificuldade em conseguir ser reinstalado leva milhares de pessoas a embarcarem em viagens extremamente perigosas e sem condições, caindo em redes criminosas de tráfico e levando à perda de muitas vidas. As mulheres e meninas estão, particularmente, em risco de serem vitimas de violência de género e sexual nestas travessias. Desde 2014, mais de 57 mil pessoas morreram ou desapareceram no mar ao tentarem salvar as suas vidas. Estima-se que este número seja muito mais alto dadas as travessias irregulares que não são contabilizadas.
15. Se todas as mulheres refugiadas tivessem acesso ao emprego, poderiam gerar mais de 1 trilião de dólares
Muitos refugiados enfrentam barreiras à inclusão nas economias locais, sendo estas ainda maiores para as mulheres. Apenas 6% das mulheres refugiadas estão inseridas no mercado laboral.
O investimento em oportunidades económicas para mulheres refugiadas, pode ajudar a diminuir as lacunas na pobreza, igualdade de género e trabalho inclusivo – tudo isso, enquanto as economias a nível local e global são impulsionadas.


16. São necessários $10.8 mil milhões para cobrir a assistência a refugiados no mundo
O financiamento providenciado ao ACNUR apenas conseguiu cobrir 32% do orçamento necessário. Muitas das maiores crises humanitárias como o Afeganistão, o Iémen e o Sudão receberam menos de um terço do financiamento necessário para apoiar a população afetada. A falta de financiamento coloca em perigo programas essenciais para dar à população bens essenciais para a sua sobrevivência.